A cena era muito triste para mim, apesar de não ter ferido ninguém, o piloto parecia inconformado, pois, dera tudo de si para não causar maiores danos.
Mais tarde, fiquei sabendo que havia um caminhão parado na frente da pista e o piloto, para não chocar-se com ele, segurou o avião num cavalo de pau .
Naquela multidão reconheci meu amigo Thiago que também é piloto. Chamei-o para falar comigo, para trás do cordão de isolamento, onde eu me encontrava.
Perguntei-lhe: - E agora? Como retirarão esse avião daí? Para minha surpresa ele me respondeu que seria com máquinas. Eu exclamei: - Com máquinas? Isto vai machuca-lo mais ainda. Ao que ele me respondeu:
-Agora não tem jeito, não há mais o que fazer.
Percebi pelo seu tom de voz que ele também estava chateado com o tipo de remoção que iriam fazer.
Resolvi, então, ir-me embora para não ter de assistir ao triste desfecho (logo eu, que gosto tanto desse tipo avião).
Quando voltei o avião estava em cima de uma carreta, três máquinas o colocaram lá.
As máquinas ajudaram a carreta subir a pista e o King balançava de um lado para outro. Acompanhei até ele chegar no pátio do aeroporto.
Eu estava voltando quando vi um Caravan pousando. Percebi como a pista estava encharcada e com possas enormes.
Anoiteceu e fui até a avenida tomar cerveja, mas sempre com aquelas cenas na cabeça.
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