PT-DKV - Depois de conhecer e se tornar amigo desse king, pressenti que ele é quem ia nos ajudar. Dito e feito, passado mais alguns intermináveis meses o piloto me noticiou, que o DKV iria emprestar suas turbinas para o OUF, fiquei muito alegre.
Nesse meio tempo, conheci o pessoal da esquadrilha ACROBATIKA, na qual fiz vários amigos, entre eles, o saudoso Renato Escaramuchi, não me recordo bem da escrita correta do nome dele, mas me deu a maior força no sentido de conversar com um avião ele me contou que tinha uma moto que tinha ciúmes das namoradas dele. Ele ia encontrar com elas, mas na hora de ir embora a moto não funcionava, a coitada da moça tinha que pegar um táxi, daí sim ele conseguia ligar a moto.
Não me lembro o dia certo, mas era um dia de sol, e meu amigo Edielson, piloto do DKV, me ligou cedo avisando que estava decolando de sampa para SDUB, fui correndo para o aeroporto. Demorou uns quarenta minutos, e lá estava o Vitinho na final, e eu não me contia, para minha surpresa ele parou ao lado do OUF (ele sempre parava bem distante um do outro), mas dessa vez ele parou bem pertinho, esse pertinho me faria outra surpresa.
Passada a euforia, para não perder o costume foi ao aeroporto à noite, tinha tomado varias latinhas, ai tive a idéia de fazer um pacto com os dois, peguei uma latinha e pus um pouco de querosene, para aquela minha surpresa que falei antes, peguei na ponta da aza de um e alcancei a aza do outro, com minhas mãos, deu a distancia certinha de um para o outro. Fiquei impressionado parecia que já estava ali de propósito.
Tomei aquela latinha, como um ritual, e pedi mentalmente, que o vôo de translado desse tudo certo, que nós três íamos ficar ligados até que o OUF ficasse pronto, e realmente ficamos.
Chegou o dia do translado:
Os mecânicos Valter, Sérgio, Frank, Macedo e Paulão tiveram muito trabalho em colocar as turbinas do DKV no OUF, devido a grande diferença de idade de um para o outro, o DKV era ano 72, já o OUF era de 83. Acertada as diferenças, mesmo assim voamos sem gerador, todos estavam muito preocupados com o vôo, pois não tínhamos como saber como estavam realmente o estado das longarinas das asas, mais eu estava bem tranqüilo. Finalmente acionado, o piloto me advertiu que na hora da decolagem não conversasse com ele, por ser um momento muito crítico, mas a decolagem, como eu sabia, foi muito tranqüila. Tão tranqüila que depois ele deu um rasante em cima do aeroporto, e eu até vi o branco dos olhos da minha mãe lá em baixo no pátio. O vôo foi tão legal, que mesmo com uma das pontas da asa dobrada ele não teve nenhuma tendência, o pouso em Marte foi tranqüilo. Edielson ficou surpreso que depois de onze meses parado ao tempo em Ubatuba, os flaps e todos os comandos, com exceção do radar, funcionaram. Assim sacramentando o valor de meus cuidados em relação ao avião.
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